Professor é afastado após denúncia de abuso sexual contra aluno em escola cívico-militar de Porto Velho

Professor é afastado após denúncia de abuso sexual contra aluno em escola cívico-militar de Porto Velho

A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) confirmou, nesta quinta-feira (17), o afastamento de um professor emergencial da Escola Cívico-Militar de Ensino Fundamental e Médio Professor Daniel Neri da Silva, localizada na zona leste de Porto Velho, após uma denúncia de assédio e possível abuso sexual contra um aluno.

Segundo a Seduc, a direção da escola adotou imediatamente todas as medidas legais ao tomar conhecimento da situação. O educador foi afastado de suas funções e devolvido à Superintendência Regional de Educação, que dará prosseguimento aos trâmites administrativos internos. A secretaria também informou que o caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil e pelo Conselho Tutelar, que conduzem a apuração judicial e as medidas protetivas necessárias.

O episódio veio à tona após a denúncia de uma mãe, que relatou que seu filho, um adolescente de 13 anos com diagnóstico de autismo nível 1, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e TDAH, vinha sendo assediado pelo professor. A descoberta teria ocorrido no dia 9 de julho, quando a responsável teve acesso ao celular do menor e identificou mensagens trocadas com o educador. O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) no dia 11.

A repercussão da denúncia mobilizou outros pais de alunos, que organizam um protesto em frente à escola para esta sexta-feira (18), das 9h às 10h, cobrando providências das autoridades e mais rigor no controle institucional. Há suspeitas, ainda não confirmadas oficialmente, de que outros estudantes também possam ter sido vítimas de condutas similares.

Em nota oficial, a Seduc repudiou com veemência qualquer tipo de violência, abuso ou conduta imprópria no ambiente escolar e destacou que mantém políticas contínuas de prevenção, conscientização e combate à violência nas escolas da rede estadual. Por envolver menor de idade, os nomes dos envolvidos seguem sob sigilo.