Assembleia Legislativa desmente boato sobre recebimento de currículos para obra da ponte binacional em Guajará-Mirim

Parlamento estadual esclarece que construção é responsabilidade do Governo Federal e orienta população a não compartilhar fake news
A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), por meio da Superintendência de Comunicação Social (Secom), emitiu nota oficial nesta semana para desmentir informações falsas que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre o suposto recebimento de currículos para vagas de trabalho na construção da ponte binacional entre Guajará-Mirim (RO) e Guayaramerín (Bolívia).
De acordo com a nota assinada pelo superintendente Alessandro Lubiana, a ALE-RO não possui qualquer envolvimento com a obra, que é de responsabilidade exclusiva do Governo Federal. A ponte faz parte de um projeto de integração entre os dois países e está inserida no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimento de R$ 421 milhões, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Porto Velho em agosto de 2025.
"A responsabilidade pela construção da referida ponte é do Governo Federal, não cabendo ao parlamento estadual qualquer atribuição nesse processo", diz o comunicado.
A ALE-RO orienta a população a ignorar e não compartilhar o conteúdo falso, alertando para os riscos da disseminação de desinformação, especialmente sobre temas sensíveis como emprego e infraestrutura.
A obra será executada pelo Consórcio Mamoré, vencedor da licitação realizada em julho de 2025, após uma breve suspensão no ano anterior. O projeto prevê uma ponte de grande porte sobre o rio Mamoré, com o objetivo de estimular o comércio, o turismo e a integração econômica na região de fronteira.
Conforme esclareceu o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), qualquer processo seletivo para mão de obra será de responsabilidade do consórcio contratado, não havendo participação de órgãos estaduais na seleção ou recebimento de currículos.
O episódio reforça a necessidade de verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, especialmente em um momento em que a população busca oportunidades e enfrenta desafios no mercado de trabalho. Notícias falsas podem causar confusão, alimentar expectativas irreais e prejudicar a credibilidade de projetos importantes para o desenvolvimento regional.