Passageiros enfrentam dificuldades para atravessar balsa sobre o Jacu da Vala durante o verão

Passageiros enfrentam dificuldades para atravessar balsa sobre o Jacu da Vala durante o verão
Crédito:Rondoniagora

Com a chegada do verão amazônico, usuários da balsa instalada sobre o córrego Jacu da Vala, na Estrada da Penal, estão enfrentando dificuldades para transitar pela região. O problema afeta diretamente o transporte coletivo entre São Carlos e Porto Velho, passando pelas vilas Aliança, Calderita, Agrovila Rio Verde, Bom Será e Terra Santa.

Nesta segunda-feira, um ônibus da linha precisou ser empurrado por passageiros para conseguir vencer a cabeceira da balsa, que, durante o período de estiagem, funciona como uma ponte improvisada. As rampas de acesso estão em más condições, exigindo manobras arriscadas dos condutores.

A balsa foi contratada em caráter emergencial pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), por R$ 3,2 milhões anuais, após a interdição da ponte de concreto construída sobre o córrego, que apresentou problemas estruturais. Durante o verão, apenas dois funcionários da empresa Três Navegações Ltda. operam o local, já que o equipamento deixa de funcionar como transporte fluvial e passa a ser utilizado como passagem fixa.

Apesar disso, a precariedade das cabeceiras tem gerado transtornos aos usuários e representa riscos à segurança.

Investigação do TCE-RO

O contrato da balsa e as obras da ponte interditada também são alvo de apuração no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO). Há dois meses, o órgão iniciou uma Tomada de Contas Especial, após o Ministério Público de Contas apontar possíveis irregularidades na execução da ponte em concreto.

O MPC recomendou que a empreiteira mineira MSL Construção devolva os recursos públicos recebidos, além da responsabilização dos servidores Francisco Kleber Pimenta Aguiar e Murylo Rodrigues Bezerra, fiscais do contrato. A acusação é de que eles não exigiram o cumprimento das normas técnicas previstas no projeto original, o que teria causado um prejuízo de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos.

O caso segue em análise no TCE-RO.