Sintero Cone Sul responde superintendência de Vilhena e denuncia coação contra grevistas

Sintero Cone Sul responde superintendência de Vilhena e denuncia coação contra grevistas
Crédito:folhadosmunicipios.com

A diretora regional do Sintero no Cone Sul, professora Lívia Maria, divulgou nesta sexta-feira (8) uma nota de repúdio à superintendente regional de Educação de Vilhena, Nilta Nunes, após declarações emitidas pela gestora. Segundo a dirigente sindical, o Sintero nunca teve a intenção de divulgar informações falsas sobre a Superintendência, mas sim esclarecer dúvidas dos servidores temporários filiados.

Lívia relata que, desde o início, o sindicato buscou obter esclarecimentos formais por meio de ofício, solicitando documentos que orientassem sobre as possíveis faltas dos temporários que aderissem à greve. Sem resposta, representantes do Sintero compareceram pessoalmente à Superintendência e confirmaram, com o setor de Recursos Humanos, que tal documento não existia.

Posteriormente, em nova visita com a presença de Nilta Nunes, foi confirmado que a orientação partiu da própria Superintendência, com base em diretrizes informais vindas de Porto Velho — sem respaldo oficial da SEDUC. Durante o encontro, Nilta também afirmou desconhecer que o Sintero representa os servidores temporários, o que foi prontamente contestado pela sindicalista.

A diretora classificou como “desproporcional e sem respaldo legal” a conduta da Superintendência, destacando que o direito de greve é garantido por lei, inclusive aos temporários. Além disso, Lívia denunciou pressões e tentativas de coação por parte de representantes da SEDUC em Vilhena, que estariam visitando escolas para intimidar servidores e exigir "horários especiais" de funcionamento — prática considerada ilegal pelo sindicato.

Outro ponto contestado foi a divulgação de que as aulas estariam ocorrendo normalmente. Segundo o Sintero, cerca de 90% dos professores efetivos aderiram à greve, e as informações oficiais não condizem com a realidade observada nas escolas.

Lívia Maria finalizou reafirmando o compromisso do sindicato na defesa dos trabalhadores da educação, repudiando qualquer forma de intimidação e cobrando respeito à liberdade sindical, aos direitos legais dos servidores e aos princípios democráticos. Ela também criticou a incoerência entre essas práticas e o discurso do governador Marcos Rocha e da secretária de Educação Ana Pacini, que dizem defender uma educação de qualidade.