Rondônia reforça vacinação contra sarampo em cidades do Cone Sul após surto na Bolívia

Campanha “Vacinação Sem Fronteiras” intensifica ações em áreas de fronteira e municípios com baixa cobertura vacinal para prevenir avanço da doença
Diante do aumento de casos de sarampo na Bolívia e da proximidade com a fronteira brasileira, o Governo de Rondônia está intensificando as ações de prevenção e controle da doença. A iniciativa, coordenada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), envolve mutirões de vacinação, vigilância ativa e orientação à população, com foco nas regiões de fronteira e em municípios com baixa cobertura vacinal.
A campanha “Vacinação Sem Fronteiras” está sendo reforçada com a mobilização de equipes de saúde em áreas estratégicas. A ação visa manter o estado livre da circulação do vírus, por meio da ampliação da imunização e de medidas de bloqueio vacinal.
Além da vacinação seletiva, a Agevisa tem enviado doses da vacina tríplice viral para todos os 52 municípios rondonienses, priorizando localidades com maior risco de contágio. Entre os municípios de fronteira atendidos estão: Alta Floresta d’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Cabixi, Costa Marques, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Pimenteiras d’Oeste, Porto Velho e São Francisco do Guaporé.
Também recebem atenção especial os municípios com baixa cobertura vacinal, como Alvorada d’Oeste, Candeias do Jamari, Cacaulândia, Corumbiara, Mirante da Serra e Santa Luzia d’Oeste.
Segundo o governador Marcos Rocha, a mobilização é uma resposta estratégica para proteger a população. “Estamos agindo com responsabilidade para garantir a saúde dos rondonienses. A colaboração da população é essencial — manter o cartão de vacinação atualizado é um ato de cuidado coletivo”, afirmou.
Vacinação é a principal forma de proteção
A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir o sarampo, doença altamente contagiosa. Crianças de 6 a 8 meses estão recebendo a chamada “dose zero” da vacina dupla viral nas regiões mais vulneráveis, além das doses de rotina para pessoas de 12 meses a 59 anos.
Gilvander Gregório de Lima, diretor-geral da Agevisa, reforça que a vacinação é uma responsabilidade de todos. “Cada dose aplicada é uma barreira contra o vírus. Estamos presentes nas regiões mais sensíveis, trabalhando em parceria com os municípios para orientar, vacinar e proteger a população”, declarou.
Saiba reconhecer os sintomas
O sarampo é transmitido por secreções respiratórias e pode permanecer no ar por horas, especialmente em locais fechados. Os principais sintomas são:
• Febre alta (acima de 38,5ºC)
• Manchas vermelhas no corpo
• Tosse seca
• Coriza
• Conjuntivite
• Manchas brancas na mucosa bucal (manchas de Koplik)
Diante de suspeita da doença, é fundamental a coleta rápida de amostras (sangue, urina e swab nasofaríngeo) para confirmação laboratorial.
Monitoramento e controle
A Agevisa, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora continuamente os casos suspeitos, com apoio das secretarias municipais e da Atenção Primária à Saúde (APS). Medidas como isolamento dos casos, uso de EPIs e ventilação adequada em unidades de saúde estão sendo adotadas para conter possíveis transmissões.
Alerta à população
A Agevisa também reforça o alerta para que gestores, profissionais de saúde e a população sigam as recomendações contidas no Alerta Epidemiológico do Sarampo. A resposta eficaz ao surto depende diretamente da adesão à vacinação e da notificação imediata de casos suspeitos pelas unidades de saúde.