Gestão municipal ignora recomendações contra Eco PVH e mantém contrato mesmo após falhas na coleta de lixo em Porto Velho

Gestão municipal ignora recomendações contra Eco PVH e mantém contrato mesmo após falhas na coleta de lixo em Porto Velho
Crédito:rondoniagora.com

A gestão municipal de Porto Velho tem sido alvo de críticas pela decisão de manter o contrato emergencial com o Consórcio Eco PVH, responsável pela coleta de lixo na capital, mesmo após recomendações técnicas da própria Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Serviços Básicos (Semisb/Seinfra) apontarem falhas graves na execução do serviço.

Um relatório técnico interno elaborado por servidores da Seinfra detalhou uma série de irregularidades no cumprimento do contrato, incluindo inexecução parcial dos serviços, falta de acesso às lixeiras, coleta insuficiente e prejuízos diretos à população. O documento recomendou a aplicação da multa máxima — de até 30% do valor contratual — e a abertura de processo administrativo para rescisão do contrato, conforme previsto em cláusulas contratuais.

Apesar das conclusões técnicas, o secretário Thiago Cantanhede não formalizou a penalização nem a rescisão do contrato, mantendo a Eco PVH na operação mesmo diante das reiteradas denúncias de falhas e acúmulo de lixo em diversos bairros da capital.

A ausência de medidas efetivas por parte da secretaria tem levantado questionamentos sobre a razão da aparente proteção à empresa, gerando suspeitas de interesses externos ou falta de transparência na condução do caso.

No último dia 8, um despacho da Agência Reguladora determinou que a Eco PVH normalizasse a coleta em apenas 12 localidades, enquanto grande parte da cidade segue tomada por lixo. O cenário tem provocado impactos ambientais e riscos à saúde pública, com resíduos sendo descartados em locais impróprios e escoando para rios e córregos.

Diante da situação, lideranças políticas e comunitárias têm cobrado a rescisão imediata do contrato e uma resposta clara da Prefeitura sobre as razões que levaram ao descumprimento das recomendações técnicas.

O caso evidencia a necessidade de transparência e responsabilização na gestão da limpeza urbana, um serviço essencial diretamente ligado à saúde e à qualidade de vida da população porto-velhense.